As Três Revelações

A Doutrina Espírita ensina que a humanidade recebeu três revelações divinas, adaptadas à maturidade espiritual de cada época. Moisés trouxe as bases da lei e da justiça, combatendo a idolatria e introduzindo o monoteísmo. Seus Dez Mandamentos são alicerces éticos, ainda que a rigidez refletisse a necessidade de ordenar sociedades primitivas.

Jesus, a segunda revelação, elevou a moral ao propor o amor incondicional. Seus ensinos, como “Amai-vos uns aos outros”, transcenderam a letra da lei, focando na intenção do coração. Para o Espiritismo, Cristo é o modelo de perfeição, não um redentor sobrenatural, mas um espírito puro que exemplificou a caridade.

A terceira revelação surge com o Espiritismo, explicando racionalmente o que antes era mistério. Através da mediunidade, detalha leis universais (como a reencarnação) e demonstra a continuidade da vida, unindo ciência e espiritualidade. Não substitui as revelações anteriores, mas as complementa, como afirma Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo: “O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador Prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra”.

Na próxima publicação, discutiremos Mediunidade: Finalidade e Uso Ético, desmistificando esse dom natural e seu papel no auxílio ao próximo.